Indicado ao Oscar pela primeira vez, o ator interpreta em 127 horas o alpinista Aron Ralston, que ficou preso em um cânion por cinco dias
Às vésperas da 83ª edição do Oscar, que se realizará em 27 de fevereiro, chega ao Brasil, nesta sexta-feira (18), o longa 127 Horas, indicado para seis estatuetas. Entre elas, a de melhor filme e a de melhor ator, pela interpretação do californiano James Franco, 32 anos. Ele revive nas telas a história real do alpinista Aron Ralston, que, em 2003, ficou preso no cânion Bluejohn, no estado americano de Utah. Durante cinco dias, Ralston permaneceu imobilizado por causa de uma pedra que deslizou e esmagou seu braço direito. O filme tem direção de Danny Boyle, ganhador do Oscar de melhor diretor em 2009 por Quem Quer Ser um Milionário?.
Com a grande maioria das cenas ambientada no estreito corredor entre as paredes do cânion, o filme tem um clima quase claustrofóbico e a câmera revela cada sinal de sofrimento no rosto do personagem. Algumas das imagens são tão fortes que já foram relatados casos de espectadores que passaram mal e precisaram de atendimento médico após assistir ao filme, nos Estados Unidos, Canadá e na Austrália.
As expressões de dor de Franco no filme não foram pura atuação, segundo ele afirmou em entrevistas recentes. “Houve muito sofrimento físico de fato para rodar as cenas”, falou o ator. “Fiquei com tantos hematomas e cicatrizes que no final perguntei a Boyle (o diretor) como ele sabia o limite em que podia ir comigo. E ele me respondeu: ‘Eu olho nos olhos do ator e vejo quando estou indo longe demais’”, disse Franco, que, além de concorrer ao Oscar, também será um dos apresentadores da cerimônia, ao lado de Anne Hathaway.
AMIGO E INIMIGO
Antes de 127 Horas, Franco já havia se tornado conhecido por fazer papéis tão diferentes como Scott Smith, o companheiro do ativista Milk, no filme homônimo de 2008, protagonizado por Sean Penn, e o amigo-inimigo do herói Homem-Aranha nos três filmes da série, exibida entre 2002 e 2007. Antes disso, em 2001, interpretou na TV o astro James Dean em uma produção que lhe rendeu o Globo de Ouro de melhor ator.
Depois do sucesso alcançado com 127 Horas, ele já tem a agenda lotada com novos trabalhos: deverá fazer o papel principal em Oz, the Great and Powerful, continuação do clássico O Mágico de Oz, e novamente viver um homossexual, o poeta Hart Crane, em The Broken Tower.
PERSONAGENS GAY
Por interpretar mais uma vez um personagem gay, o ator, que namora a atriz Ahna O’Reilly, voltou a ser questionado sobre sua sexualidade. Em entrevista recente à revista Entertainment Weekly, Franco comentou os rumores de que seria homossexual. Ele disse que não se interessa por um papel apenas pelo fato de o personagem ser ou não gay. “Parte do que me interessa é como essas pessoas que viviam estilos de vida não convencionais e lidavam com a oposição. Há muitas outras razões para se interessar por personagens gay do que eu querer sair e fazer sexo com outros caras”, afirmou. Mas, demonstrando que gosta de uma boa polêmica, o ator acrescentou: “Ou, quer saber?, talvez eu seja gay mesmo!”, disse.
(Matéria publicada dia 18/02/2011 na seção Quem Pensa da revista Quem. Para ver o conteúdo original, clique aqui)
Por interpretar mais uma vez um personagem gay, o ator, que namora a atriz Ahna O’Reilly, voltou a ser questionado sobre sua sexualidade. Em entrevista recente à revista Entertainment Weekly, Franco comentou os rumores de que seria homossexual. Ele disse que não se interessa por um papel apenas pelo fato de o personagem ser ou não gay. “Parte do que me interessa é como essas pessoas que viviam estilos de vida não convencionais e lidavam com a oposição. Há muitas outras razões para se interessar por personagens gay do que eu querer sair e fazer sexo com outros caras”, afirmou. Mas, demonstrando que gosta de uma boa polêmica, o ator acrescentou: “Ou, quer saber?, talvez eu seja gay mesmo!”, disse.

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