O lançamento do livro Trair e Coçar é só começar, de Marcos Caruso, celebra os 25 anos de apresentações ininterruptas da peça homônima
Em comemoração aos 25 anos em cartaz de Trair e Coçar É Só Começar, acaba de ser lançado o livro homônimo com o texto da peça escrita pelo ator e autor Marcos Caruso. Na introdução, ele conta que escreveu a comédia em uma época em que estava sem dinheiro e não encontrava trabalho como ator.
QUEM: Você conta que, na época em que estava “quebrado”, um dia resolveu comprar uma máquina de escrever para redigir uma peça e levou uma bronca da atriz Jussara Freire, com quem era casado. Como foi isso?
MARCOS CARUSO: Ela falou: “Não tem dinheiro para pôr comida na mesa e você compra uma máquina de escrever!?”. Obviamente, depois a gente riu e chorou em cima dessa história. Já que ninguém podia fazer nada por mim, eu fiz. Eu criei meu próprio trabalho.
QUEM: Imaginava que a peça faria tanto sucesso?
MC: Escrevi a peça matematicamente para se rir de 30 em 30 segundos. A comédia é matemática. Então, eu sabia que ela seria bem-sucedida naquilo a que se propunha a fazer, que era rir.
QUEM: Uma peça em cartaz por 25 anos deve guardar boas histórias de bastidores, não é?
MC: Uma vez, um dos atores ficou para fora do teatro, em Goiânia. Ele saiu para comprar cigarro e não conseguiu mais entrar, porque os funcionários, em vez de ficar na porta, entraram para ver a peça. Em cena, os personagens diziam: “Pode entrar, seu fulano!”. E o ator não ia para a cena porque não conseguiu entrar no teatro.
QUEM: Depois de Trair e Coçar você enfrentou novos problemas financeiros?
MC: Não, graças a Deus. Depois da peça, eu me tornei autor e fui escrever novela, dirigir teatro. Trair e Coçar É Só Começar foi a minha galinha dos ovos de ouro.

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